Câmpus Uruaçu promove Semana de Prevenção e Combate ao Bullying
Evento foi realizado ao longo da semana em parceria com o CRAS de Uruaçu
O Câmpus Uruaçu realizou, de segunda-feira, 8, até hoje, 11, a Semana de Prevenção e Combate ao Bullying e à Violência na Escola. O evento foi promovido pela Coordenação de Apoio Pedagógico ao Discente (CAPD), em parceria com o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) de Uruaçu. Foram realizadas palestras, rodas de conversa, exibição de filmes com debates e oficinas acerca do tema.
A psicóloga do Câmpus Uruaçu e organizadora do evento, Cynthia Oliveira, lembra que "no calendário acadêmico, comemoramos o Dia do Combate ao Bullying e Violência na Escola no dia 7 de abril". Ela complementa que "o evento promoveu ações ao longo da semana para estender essa discussão para toda a comunidade acadêmica".
Ao todo, foram realizados dez encontros com todos os cursos técnicos-integrados integrais, EJA e superiores do câmpus, com dinâmicas específicas para cada curso. "Fiquei surpresa", conta Cynthia, "pois nos momentos das falas dos estudantes, muitos dos próprios alunos reforçaram a importância de discutir publicamente sobre o bullying e cobraram mais ações como esta no ambiente institucional".
Para a psicóloga, a comunidade acadêmica pode se tornar o principal meio de combate à violência na escola, com a identificação de casos de bullying. Cynthia enfatiza que a CAPD está preparada para amparar as vítimas e conscientizar os agressores em casos de bullying. "É importante lembrar que alunos e professores podem atuar na identificação de vítimas e agressores, qualquer um pode ser um expectador ativo, que age frente um caso de violência", declara a psicóloga.
Bullying e violência
As ações realizadas na Semana de Prevenção e Combate ao Bullying e à Violência na Escola também foram acompanhadas pela psicóloga do CRAS, Dayanne Fernandes Bezerra. "O CRAS faz o trabalho de proteção das vítimas, mas nós também vamos à rede de educação para tentar prevenir os casos de bullying com ações de conscientização como esta", conta a psicóloga.
Segundo Dayanne, "o bullying é uma forma de violência que é repetida e continuada, entre pessoas do mesmo nível hierárquico, ou seja, entre alunos". A psicóloga aponta que a violência pode se manifestar na forma de "apelidos pejorativos, que visam humilhar a vítima, ameças, chantagem e, hoje, temos o cyberbullying, como a manipulação pejorativa de imagens sobre a vítima e veiculadas na internet".
"As vítimas podem apresentar isolamento social, ansiedade, depressão, insegurança, entre várias outras de sofrimento", esclarece Dayanne. "Nos casos mais estremos, temos casos de automutilação, tentativas de suicídio e de homicídio também", revela a psicóloga do CRAS.
Para a especialista, o primeiro passo do combate ao bullying é identificar a violência. "Numa situação de agressão, as pessoas envolvidas cumprem certos papeis, como o do agressor, o da vítima, mas há um terceiro papel, o das testemunhas", conta. "É fundamental que essas testemunhas assumam um papel ativo e identifiquem casos de bullying para os responsáveis pelas escolas", e lembra que "há um limite entre brincadeira e violência".
Comunicação Social/Câmpus Uruaçu.
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