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Delegada ministra palestra no Câmpus sobre violência contra a mulher

Publicado: Quinta, 14 de Novembro de 2019, 12h56 | Última atualização em Sexta, 22 de Novembro de 2019, 09h55

A titular do DEAM citou as diversas formas de agressões físicas que as mulheres podem ser vítimas

 

A delegada Ivves, a diretora Aline e o aluno da UEG que colaborou com a realização da palestra, José Donizete
A delegada Ivve, a diretora Aline e o aluno da UEG que colaborou com a realização da palestra, José Donizete

 

A delegada da Delegacia da Mulher (DEAM) de Itumbiara, Ivve Rocha de Melo, palestrou na manhã de hoje, 14/11, no IFG, sobre violência doméstica e a Lei Maria da Penha. A palestrante, que também é coordenadora do Núcleo de Enfrentamento à Violência contra a Mulher, alertou que muitos casos de feminicídio são praticados contra mulheres que nunca procuraram a delegacia em busca de proteção.

A delegada detalhou os inúmeros tipos de violência praticados contra a mulher, em especial por companheiros de relacionamentos íntimos. Entre os tipos de agressão, Ivve citou que existe a física, que pode ser desde um puxão de cabelo, um empurrão ou uma pegada mais forte no braço da vítima, e que apesar de não deixar marcas no corpo, também é considerada violência corporal. Outro exemplo são as ameaças feitas pessoalmente ou por telefone, por exemplo, que é classificada como violência psicológica, e também podem ser registradas na delegacia, mediante queixa da vítima. Ainda existem os casos de cárcere privado, quando o autor proibi a mulher de sair de casa e ter contato com outras pessoas.

Afora a agressão física, verbal e da privação de liberdade, existe ainda a violência moral, que se traduz em três crimes: injúria, calúnia, difamação; e a violência sexual que acontece quando a vontade da mulher não é respeitada na relação íntima e sexual. A delegada ressaltou que esse tipo de agressão ocorre tanto dentro do relacionamento entre namorados, cônjuges e também contra garotas de programa, e que essas mulheres também devem registrar denúncia contra o abusador.

 

Rede de Proteção em Itumbiara
A palestrante citou que existe na cidade uma rede de proteção à mulher, que envolve auxílio jurídico, social e psicológico. A delegada destacou situações em que a vítima recebe um “Botão de Pânico” que ela pode acionar para alertar a central da polícia ou ainda situações em que o agressor recebe tornozeleira eletrônica e passa a ser monitorado diariamente. Essas medidas servem como “prova irrefutável de que ele cometeu o crime ao descumprir a medida protetiva”, diz a titular da DEAM.

Ivve explicou que o que a Lei oferece como mecanismo de proteção são medidas de acordo com cada caso; e falou também que o homem considerado um agressor não habitual também pode passar por grupos de ressocialização, para evitar que ele continue a cometer atitudes machistas. “A informação é o mecanismo mais eficaz contra a violência”, frisou a delegada.

Ao final, durante suas palavras de agradecimento à palestrante, a diretora-geral do IFG de Itumbiara, Aline Barroso, reafirmou a necessidade de não sermos coniventes, passivos ou permissivos com situações de violência e enfatizou:  “Quando a gente não se indigna é porque a gente está achando a violência normal”, finalizou a gestora.

 

Caso seja vítima ou presencie situações de agressão contra a mulher, denuncie por estes números de telefone:

197- da Polícia Civil
190 - Polícia Militar.
Telefone da DEAM de Itumbiara: (64) 3404-7711
180 – Central de Atendimento à Mulher do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos.

 

 

Setor de Comunicação Social e Eventos – Câmpus Itumbiara.

 

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