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2ª edição do Diálogos Extensionistas apresenta os projetos Farofa do Cerrado e Semana do Cerrado

Próximo evento será realizado em novembro e vai tratar das reflexões sobre questões raciais

  • Publicado: Sexta, 01 de Novembro de 2024, 09h39
  • Última atualização em Segunda, 25 de Novembro de 2024, 12h54
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A mesa de diálogos da edição de outubro do Diálogos Extensionistas tratou de um tema importante: o bioma Cerrado. O evento foi realizado na noite de quarta-feira, 30, e está disponível no canal do YouTube /IFG Comunidade, no link: https://www.youtube.com/watch?v=f7vQC4EmPR4&t=330s. Os participantes foram o professor do Câmpus Cidade de Goiás, Diogo Souza, coordenador do projeto Farofa do Cerrado, e o técnico-administrativo do Câmpus Senador Canedo, Rodrigo Marciel Soares Dutra.  

 

Coordenador do curso técnico integrado em Agroecologia do IFG – Câmpus Cidade de Goiás, Diogo faz parte do Núcleo de Pesquisas em Agroecologia e Núcleo de Educação Afro-brasileiros e Indígenas (Neabi). Ele conta que desenvolveu em parceria com o Câmpus Uruaçu um projeto relacionado aos quilombos sustentáveis em rede, em 2021, em que fez um diagnóstico em alguns quilombos da Chapada dos Veadeiros, levando “assistência técnica, levando educação profissionalizante, capacitação e projetos. Teve origem no comunidades tradicionais em rede, que faz um mapeamento das realidades tradicionais”, comenta.

 

A Farofa do Cerrado faz parte de um desses mapeamentos. A proposta é desenvolver um produto alimentício que integre inovação, conservação ambiental e empreendedorismo social para a autonomia produtiva e comercial dessas comunidades quilombolas. O trabalho teve início com quatro comunidades quilombolas da Chapada dos Veadeiros. “O objetivo é desenvolver um produto alimentício que possa trazer possibilidade de renda para as mulheres e valorizar a farinha de mandioca, culturalmente comercializada pelas comunidades tradicionais, mas agregando valor através das espécies do Cerrado”, conta o professor. Foram criadas cinco formulações de farofas diferentes, criadas pelas mulheres integrantes das comunidades. “Estamos trabalhando todo o processo que envolve a comercialização do alimento: desde o plantio ao beneficiamento, acesso às políticas públicas, acesso ao mercado, embalagem, rotulagem. No meio desse processo todo, a gente dialoga com ensino, pesquisa e extensão”, finaliza. O projeto será apresentado na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia do IFG, de 12 a 14 de novembro, no Criar – Polo de Inovação do IFG.

 

Já o servidor Rodrigo comentou sobre a Semana do Cerrado fazendo um histórico do evento. “É um assunto tão importante, principalmente para nós aqui em Goiás. Temos um dia do Cerrado, decretado por lei federal, dia 11 de setembro. Esse assunto tem que ser tratado o ano inteiro, tem a ver com a nossa existência no planeta Terra e a nossa relação com a natureza pode determinar nosso futuro”, afirma o servidor. Ele comenta que a ideia de realizar a semana surgiu quando ele ainda era professor no Distrito Federal, mas que no IFG o evento começou a ser realizado em 2016. “O IFG é pioneiro nisso no Estado de Goiás, pioneiro em comemorar essa data”, diz. Em 2020, o evento se tornou regional; em 2021, nacional; e, em 2023, foi realizado em 41 instituições de nove estados que estão incluídas no bioma cerrado.

 

Veja a mesa de diálogos completa.

 

 

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