Passagem do capacete branco e rompimento da barragem marcam a Calourada da Engenharia
As etapas foram propostas para todos os alunos dos cursos de Engenharia Civil e Técnico em Edificações
Rostos diferentes, brilhantes e animados com o início da nova etapa circulam no Câmpus Formosa do Instituto Federal de Goiás. A Coordenação do curso de Engenharia Civil promoveu a Calourada nos dias 13 e 19 de fevereiro, no Bloco Tecnológico, com foco na integração entre os alunos calouros e veteranos.
Na recepção do dia 13, a estrutura do Câmpus e o corpo docente e técnico foram apresentados aos novatos. A primeira turma concluinte do curso de Engenharia Civil do Câmpus Formosa se despediu da instituição com troca de abraços de boas-vindas e até logo em calouros e servidores. Agora engenheira civil, Amanda Ataídes Cardoso deixou a mensagem para os que chegam para continuarem lutando por seus sonhos.
A ex-aluna relatou sua boa experiência durante a graduação e confessou ser muito orgulhosa de ter estudado no IFG/Câmpus Formosa. Como símbolo de encerramento do ciclo e de estar pronta para o mercado de trabalho, ela recebeu das mãos do coordenador do curso, professor Agno Alves Vieira, o capacete branco, ferramenta de trabalho do engenheiro civil.
Simulação de rompimento
Na segunda etapa, nesta terça, o rompimento da barragem em Brumadinho, em Minas Gerais, em 25 de janeiro deste ano, serviu de tema para a aula da noite com o professor André Dantas, que realizou uma simulação do que ocorreu na cidade mineira para todas as turmas do curso superior de Engenharia Civil e do técnico em Edificações.
Mestre e doutorando em Geotecnia pela Universidade de Brasília (UnB), André explicou sobre as principais características das barragens e os modelos existentes. Fazendo um estudo de caso da barragem de Brumadinho, o professor construiu e apresentou uma barragem em miniatura, baseada na técnica utilizada na cidade de Minas, alteamento a montante. A simulação consistiu em deixar instável o protótipo de barragem, despejando nela rejeitos de minério – produzido com as mesmas substâncias armazenadas na barragem de Brumadinho - , até seu rompimento.
Para o professor, há muitas causas possíveis para o rompimento da barragem, como, por exemplo, negligência, falta de investimento e mau funcionamento dos drenos horizontais profundos (DHP) existentes na barragem, ocasionando a liquefação. “Forças iguais [da água e do solo] com direções diferentes fazem com que as partículas do solo percam a coesão. Isso é liquefação.”, explicou, tecnicamente.
O coordenador do curso de Engenharia deixou um recado para os estudantes de construção civil. “Esse desastre matou o Rio Paraopeba. Então os impactos que vêm depois são muito grandes. A responsabilidade do engenheiro é muito grande”, alertou Agno, sobre o compromisso do engenheiro civil com o meio ambiente.
Setor de Comunicação Social/Câmpus Formosa
Redes Sociais