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CALOURADA

Interação, alegria e informação marcaram a Calourada do câmpus

Publicado: Quarta, 12 de Abril de 2017, 12h44 | Última atualização em Quinta, 13 de Fevereiro de 2020, 15h11

Veteranos promoveram atividades junto com o DAA para recepcionar os novos alunos

Aconteceu na última semana, dias 6 e 7, a Calourada 2017/1 do IFG Câmpus Goiânia Oeste. O evento foi organizado pelo Departamento de Áreas Acadêmicas (DAA) do câmpus juntamente com os alunos veteranos de cada curso. A Calourada 2017/1 contou com palestras, debates, mesas-redondas, atividades interativas entre veteranos e calouros e entre os cursos, roda de conversas, jogos recreativos, apresentação teatral e gincana de perguntas e respostas.

Na quinta-feira, dia 06, os discentes dos cursos técnicos em período integral (Análises Clínicas, Nutrição e Dietética e Vigilância em Saúde) participaram pela manhã das palestras Política do Sistema Único de Saúde (SUS) e As propostas de políticas públicas atuais e seus refelxos na educação pública. À tarde, calouros e veteranos interagiram com jogos e atividades desportivas.

Para os discentes do curso Técnico em Enfermagem Modalidade Educação de Jovens e Adultos (EJA), a Calourada 2017/1 foi aberta com sorteio de brindes aos calouros e premiação para os veteranos que mais frequentaram as aulas e as atividades em 2016. Em seguida os representantes de turma de cada período do curso conversaram com os novatos sobre os pontos facilitadores e os dificultadores do primeiro período do curso Técnico em Enfermagem. As professoras do curso e os alunos do setímo período apresentaram para os alunos as experiências vivenciadas nos estágios e as expectativas para o estágio em 2017. As atividades da Calourada 2017/1 para os alunos do curso Técnico em Enfermagem Modalidade EJA foram encerradas com um lanche coletivo.

A peça teatral A hora do café abriu a programação da Calourada 2017/1 para os discentes do curso superior de Licenciatura em Pedagogia. Após a apresentação da peça, os representantes de turma de cada período do curso realizaram uma mesa de conversa com os calouros sobre a vivência do curso. E a noite foi encerrada com um jogral e a confecção do mural Solte a voz.

A programação da sexta-feira, dia 07, foi aberta com a palestra O dia mundial da saúde para os discentes dos cursos técnicos em período integral. À tarde as atividades foram dividas por turmas, os alunos do curso técnico em Análises Clínicas participaram de uma gincana de perguntas e respostas, já os alunos do curso técnico em Nutrição e Dietética se envolveram em uma caça ao tesouro e depois tiveram um lanche coletivo. Os alunos do curso técnico em Vigilância em Saúde assistiram ao filme Cake – Uma Razão de Viver e após a exibição do filme debateram o tema em uma roda de conversa.

À noite, os discentes do curso superior de Licenciatura em Pedagogia participaram do jogo de perguntas e respostas sobre as disciplinas do curso realizado pelos alunos do quarto período. Após “muita torta na cara”, os alunos do segundo período de Pedagogia recolheram as mudas de caju, pitanga, goiaba e acerola que foram levadas pelos discentes para serem plantadas no câmpus como símbolo do crescimento e da formação dos alunos durante o curso. Os alunos do segundo período arpoveitaram a calourada para divulgarem o Trote Solidário que será realizado para conseguir doações para a ASCEP – Associação de Serviço à Criança Especial de Goiânia.

A calourada 2017/1 foi encerrada com a palestra O papel do Educador Social para os alunos do curso superior de Licenciatura em Pedagogia. A palestra foi ministrada por Eduardo Mota, psicólogo e educador social, coordenador do Movimento de Meninos e Meninas de Rua de Goiás e presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente.

 

Calouros

“Eu amei a calourada. Gostei dos debates, do teatro, do filme. Achei interessante o debate político sobre a Reforma do Ensino Médio, mas o que eu mais gostei foram os jogos e as brincadeiras”, disse Maria Fernanda Jacobino de Sousa, aluna do primeiro ano do curso Técnico de Vigilância em Saúde. Para Mariza Silva, discentes da mesma turma de Maria Fernanda, também considerou relevantes os temas apresentados nas palestras: “Foi importante debater questões atuais da política. Porém, para mim o melhor da Calourada foram as dinâmicas que os veteranos fizeram para a gente, a interação entre os cursos e entre calouros e veteranos. Já Anna Karolliny de Oliveira, também aluna do primeiro período do curso Técnico de Vigilância em Saúde, considerou a exibição do filme Cake – Uma Razão de Viver e a roda de conversa depois como a atividade mais interessante da Calourada 2017/1.

Vando Furtado de Sousa, aluno do primeiro perído do curso superior de Licenciatura em Pedagogia, ressaltou a importância de atividades de interação como as que foram desenvolvida na calourada: “Foi uma ótima iniciativa, uma calourada inteligente e aproveitosa pela interação entre as turmas e as dinâmicas que são produtivas por já terem relacionado o que iremos ver e terem dado uma ideia a respeito do contéudo. Além disso, foi uma oportunidade de ampliar a convivência com os colegas e com o pessoal da administração e os professores, e esse acolhimento é muito importante porque às vezes a pessoa vem de outra faculdade ou até não tinha expectativa de voltar a estudar, e essa recepção é importante, porque faz comq ue sintamos mais seguros. A mesa de debate com os representantes foi bem relevante, pelo o que eles falaram deu para ter uma noção do que é importante em cada período, o que levar em consideração, as principais leituras, as possibilidades, foi bom para pontuar cada momento dentro do processo de formação do aluno para podermos assumir as responsabilidades e assim lograr êxito no final do curso”.

 

Trote Solidário

Os discentes Alysson Santana, Barbára Alves, Emilly Souza e Isadora Barros iniciaram na Calourada 2017/1 a campanha Trote Solidário. Juntamente com o DAA e os alunos do segundo período do curso superior de Licenciatura em Pedagogia, os discentes pedem a ajuda dos alunos e servidores do câmpus para doarem produtos de limpeza, produtos de higiene pessoal e café para a ASCEP – Associação de Serviço à Criança Especial de Goiânia. As doações serão recolhidas durante todo o mês de abril no câmpus.

“O bem maior não é para quem recebe essa ajuda e sim para quem proporcionar, quem se dispõe a doar”, afirmou Alysson Santana, aluno do segundo período do curso superior de Licenciatura em Pedagogia ao convidar todos para participar da campanha Trote Solidário que recolhe doações para a ASCEP – Associação de Serviço à Criança Especial de Goiânia.

 

O papel do Educador Social

Eduardo Mota, psicólogo e educador social, coordenador do Movimento de Meninos e Meninas de Rua de Goiás e presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente ministrou para os alunos do curso superior de Licenciatura em Pedagogia a palestra O papel do Educador Social. “Tem três correntes possíveis para se pensar o que é o Educador Social no Brasil, uma primeira e a mais antiga, é a dos educadores sociais muito próximos a educação popular, educadores militantes de vários segmentos da área de artes, arte e edução, educação e sáude, educação ambiental que vem desenvolvendo ações no país desde a década de 40, com mais efervescência nas décadas de 80 e 90, com o boom das instituições da sociedade civil. Uma outra corrente são dos profissionais da educação que independente de formação passaram em algum concurso ou foram contratados pelo poder público na função de educadores sociais, uma vez que não há uma regulamentação ainda no Brasil que determine o escopo da profissão, as prefeituras fazem os concursos em nível médio e outros superior, e quem passa são educadores sociais. Uma terceira corrente que vem no debate e na discussão sobre Educação Social no Brasil é a corrente da Pedagogia Social puxado por um grupo de São Paulo com o apoio de alguns companheiros da Universidade de Santa Catarina que veem o debate para a consolidação da Educação Social no país como uma formação da Pedagogia, dentro da Pedagogia Social. São essas três grandes correntes dentro da definição do lugar da prática do Educador Social”.

Eduardo Mota destacou a importância da interação entre os cursos no câmpus e o foco de atuação do IFG Câmpus Goiânia Oeste na Promoção da Saúde no formação do Educador Social: “Eu entendo que a Pedagogia é um dos campos de conhecimento necessários para a prática da Educação Social, e entendo que há uma necessidade de todos, não só o pedagogo, mas qualquer profissional que caminha no campo da Educação Social, ampliar a interação com outros campos do saber. A Educação Social está para públicos vulneráveis em sua maioria, está para desenvolver projetos que carecem de um escopo muito mais amplo de informações, de técnicas e saberes. Para serem Educadores Sociais é preciso que eles se relacionem com outros profissionais, com outras áreas, estejam em espaços de públicos em situações vulneráveis, como também estejam nos espaços de debates com outros profissionais, tendo essa dimensão da sua relação enquanto profissional com uma gama de outros profissionais, de outras formações, de outros saberes, que são absolutamente necessários para a boa prática da Educação Social. Alguém que sai da Pedagogia Social para lidar com população em situação de rua, certamente precisará de uma série de informações da área da enfermagem, do serviço social, da área médica, do direito na perspectiva da compreensão da violência para desevonver um bom trabalho com a população de rua. A relação com estes outros profissionais é extremamente importante para a atuação do Educador Social. Essa é a questão bacana do câmpus, integrar a área da saúde com a educação, porque a interação entre estes profissionais que estão sendo formados aqui, entre os alunos que estão aqui aprendendo, ela precisa acontecer, como um importante laboratório para a vida futura deles no campo profissional”.

Outro ponto de debate destacado na palestra foi o papel do Educador Social no enfrentamento da violência: “Toda forma de enfrentamento à violência que passe por uma relação processual de formação, empoderamento e qualificação do sujeito vítima da violência para o enfrentamento dessa violência de maneira coletiva e processual é uma prática de Educação Social. A superação das necessidades, a superação das formas de violência, são formas de produzir Educação Social no Brasil, seja com o uso da artes, seja com o uso de técnicas discursivas, técnicas esportivas, isso tudo entra no escopo para onde eu quero chegar, se quero chegar na superação das iniquidades, se quero chegar na superação da violência com uma prática emancipatória. Se entendermos a violência no conceito da sociologia, que vai além do ato da violência para uma lógica de interação entre os seres humanos, as formas de enfrentamento dessa violência que sejam em formas grupais de construção deste processo são forma de fazer Educação Social”.

 

 

Veja mais fotos da Calourada 2017/1 na fanpage do IFG Câmpus Goiânia Oeste

 

Comunicação Social/Câmpus Goiânia Oeste

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