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Iniciativa

Projeto do IFG irá implantar ferramenta customizada em hospitais do SUS, entre os objetivos está a eficiência no uso dos leitos hospitalares

Publicado: Terça, 12 de Maio de 2020, 16h26 | Última atualização em Quinta, 14 de Maio de 2020, 15h50

Inicialmente, a iniciativa irá atuar em cerca de dez hospitais em São Paulo e dez em Goiás (todos integrantes do Sistema Único de Saúde- SUS)

Coordenador do projeto (professor Geraldo-logo à frente) em reunião com a equipe de unidade de referência (Hospital Santa Marcelina) e com os fornecedores do software a ser implantado (encontro foi realizado na semana passada para dar celeridade as ações)
Coordenador do projeto (professor Geraldo-logo à frente) em reunião com a equipe de unidade de referência (Hospital Santa Marcelina) e com os fornecedores do software a ser implantado (encontro foi realizado na semana passada para dar celeridade as ações)

Redução dos custos hospitalares, diminuição do índice de mortalidade e eficiência no uso do leito hospitalar; estes são alguns dos objetivos da equipe do Instituto Federal de Goiás (IFG) que integra o projeto: “Estudo multicêntrico de avaliação epidemiológica das infecções bacterianas relacionadas à assistência em saúde, em usuários da saúde diagnosticados ou não com COVID-19, pelo monitoramento digital no âmbito das comissões de controle de infecções hospitalares”. A pesquisa é coordenada pelo professor do Câmpus Valparaíso, Geraldo Andrade, que também é professor da área de Engenharia. Além do Câmpus Valparaíso, profissionais do Câmpus Águas Lindas e Goiânia Oeste do IFG; da Universidade Federal de Goiás (UFG), do Instituto Federal de Pernambuco (IFPE) e da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) integram o grupo.

 

A equipe do projeto é multidisciplinar, contando com profissionais da área de saúde, engenharia e tecnologia da informação.Sobre a ferramenta a ser disponibilizada nos hospitais participantes da pesquisa, Geraldo destaca: “É um apoio a decisão médica, mitigando as margens de erro”, pela possibilidade de cruzamento de dados em tempo real entre exames de laboratório, prontuário, medicação a ser aplicada e protocolos de atuação médica. O foco do trabalho está no melhor uso de antibióticos, evitando o surgimento da superbactéria.

 

A equipe coordenada pelo professor Geraldo irá trabalhar junto as Comissões de Controle de Infecção em Ambiente Hospitalar, as chamadas CCIH; é nelas que se aprova e monitora o uso de antibióticos nos pacientes. O projeto irá implantar uma ferramenta de cruzamento de dados nestas CCIH. O aparato é um software que será integrado com informações do laboratório e irá atuar com os aplicativos já existentes de gestão hospitalar, fazendo com que a equipe da CCIH possa receber informações dos resultados dos pacientes em tempo real, possibilitando o uso correto de antibióticos de acordo com a bactéria detectada, devido à celeridade do processo.

 

Além disso, a ferramenta analisa se a medicação dada pelo médico está de acordo com os protocolos para a situação enfrentada. Com isto, pode emitir alertas para as Comissões e para os médicos sobre as decisões tomadas na prática e as recomendadas. O professor Geraldo ressalta ainda a atuação do equipamento “ele aponta que há uma oportunidade de decisão melhor”, o que acentua a eficiência do atendimento e da gestão hospitalar como um todo.

 

Sobre a implantação da ferramenta
O software a ser utilizado pelas CCIH serão implantados inicialmente em cerca de 20 hospitais, que serão o piloto deste projeto. Até a segunda semana de maio, o aparato já estará disponível nos 10 primeiros hospitais. Até 20 de junho, todos os hospitais participantes da pesquisa (cerca de 10 em São Paulo e 10 em Goiás) estarão com o sistema instalado.

 

O software que será fornecido por uma empresa terceirizada, é uma ferramenta que já é aplicada em uma unidade de referência do Sistema Único de Saúde (SUS), o Hospital Santa Marcelina, em Itaquera- São Paulo. Os profissionais do IFG irão customizar esta ferramenta a depender da necessidade de cada hospital avaliado e, também, irão treinar a equipe das CCIH para a devida utilização. Ainda dentro das metas do projeto, os pesquisadores irão analisar os dados e verificar a eficiência devido ao uso da ferramenta implantada.

Ao final, Geraldo explica que a ideia “é que esta metodologia possa ser expandida por todo o SUS”

O coordenador da pesquisa, professor Geraldo, conta sobre o início dos trabalhos: “A empresa detentora da tecnologia irá implementá-la localmente (nos hospitais), e a gente irá acompanhar os dados”. A equipe do projeto liderado pelo Instituto irá acompanhar os dados gerados, se está havendo correções em tempo real (medicação x protocolo) e os resultados de eficiência devido o uso da ferramenta.

Ao final, Geraldo explica que a ideia “é que esta metodologia possa ser expandida por todo o SUS”.

 

Visita ao Santa Marcelina
Na última semana, a equipe do IFG realizou uma visita ao Hospital Santa Marcelina(SP), que já utiliza a ferramenta a ser adotada nas unidades que serão o piloto do projeto. Os pesquisadores se reuniram com a gestão do hospital para entender métodos utilizados no local que hoje é referência em eficiência e em baixos índices de mortalidade no Brasil.

 

Os pesquisadores do IFG irão customizar este software (que já é utilizado neste hospital de referência) para as unidades hospitalares participativas da ação e estas terão acesso a este produto de maneira permanente: “Eles terão direito a uma licença vitalícia do sistema já customizado”, explica o professor Geraldo. O projeto é financiado pelo Ministério da Saúde e conta com a Fundação de Apoio a Pesquisa (Funape) na gestão dos recursos.


Atuação no COVID-19
O coordenador do projeto explica ainda que como o uso da ferramenta torna o uso dos antibióticos mais eficientes, diminui o tempo de uso de leito hospitalar por paciente. E como o Coronavírus (COVID-19) em sua evolução pode causar infecção por bactéria, o sistema implantado ajudaria na melhor tomada de decisões quanto ao uso de antibióticos e, também, possibilitaria maior eficiência no uso dos leitos hospitalares com a diminuição do tempo de internação do paciente.

 


Coordenação de Comunicação Social/Câmpus Valparaíso

 

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