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Roda de Conversa

“Língua Brasileira de Sinais tem uma gramática própria, regionalismos e não é universal”, afirma intérprete

Atividade faz parte do Setembro Azul

  • Publicado: Quarta, 26 de Setembro de 2018, 11h47
  • Última atualização em Terça, 16 de Outubro de 2018, 08h32
Roda de Conversa na Reitoria
Roda de Conversa na Reitoria

Assim como a Língua Portuguesa, que possui gramática específica, diferenças regionais em todo País, a Língua Brasileira de Sinais (Libras) tem também suas características, sua conjugação verbal, seus regionalismos. Em roda de conversa realizada na manhã de hoje, 26, na Reitoria do Instituto Federal de Goiás (IFG), a intérprete de Libras do Câmpus Anápolis, Lucimar Alves Oliveira, passou informações de como funciona a Libras, bem como a importância de todos os servidores estarem atentos a ela no que se refere à inclusão da comunidade surda, tendo em vista que existem estudantes e servidores da Instituição que são surdos.

Professor do curso de Pedagogia Bilíngue do Câmpus Aparecida de Goiânia, Diego Leonardo Pereira Vaz, que é surdo, participou da roda trazendo experiências e diferenças entre a Libras de vários países, pois ela não é uma língua universal, ou seja, cada país possui sua gramática, a sua língua. Atualmente, além de professor, ele é aluno da segunda turma do Programa de Mestrado Profissional em Educação Profissional e Tecnológica (Profept) – polo do Câmpus Anápolis, o que, segundo ele, é um desafio.

“É um desafio, entendo muita coisa, mas para algumas preciso recorrer ao dicionário. Me preocupo com os trabalhos, inclusive porque a forma como eu escrevo é como aprendemos na Língua Brasileira de Sinais, que é diferente do Português”, comenta. Diego conta ainda que alguns trabalhos ele precisa passar para algum tradutor para que ele traduza para o Português e só depois é que ele pode entregar aos professores. Para acompanhamento das aulas, Diego conta com a ajuda de duas intérpretes de Libras, que se revezam, e recebe também apoio do Núcleo Docente Estruturante (NDE) do Curso.

Outra informação importante, destacada por Diego durante a roda de conversa, é que não se usa há algum tempo a terminologia “surdo e mudo” para se referir à comunidade surda. Ele e a intérprete explicam que se usa apenas a palavra surdo, pois o significado de mudo para quem possui essa necessidade especial é como se fosse de um grupo que não consegue se expressar, que não luta pelos seus direitos, não está consciente destes, “o que não é verdade”.

Característica também da Libras, afirma Lucimar, é que a língua utiliza-se de parâmetros, ou seja, às vezes um movimento faz toda diferença de significado nos gestos. “Um gesto que parado significa uma palavra, quando ele está em movimento, já significa outra totalmente diferente”, conta a intérprete.

A roda de conversa é uma das atividades do Setembro Azul, que remete às lutas e conquistas da comunidade surda, e foi organizado pelo Núcleo de Acessibilidade e Inclusão (NAI), vinculado à Pró-reitoria de Ensino (Proen). O NAI é o núcleo em âmbito da reitoria que acompanha os Núcleos de Atendimento às Pessoas com Necessidades Específicas (NAPNE), regulamentados pela resolução nº 001/2018, do Conselho Superior.

Outras atividades estão sendo realizadas nos câmpus  Aparecida de Goiânia Itumbiara.

 

Para saber mais sobre inclusão educacional e acessibilidade, acesse a página: https://www.ifg.edu.br/inclusao-acessibilidade

Veja material com mais explicações sobre a Libras, inclusive com os principais sinais.

Veja mais notícias sobre inclusão e acessibilidade.

 

Diretoria de Comunicação Social/Reitoria.

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