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SECITEC

Integração com a comunidade e apresentação de trabalhos de robótica movimentam a Secitec 2024

Publicado: Sexta, 18 de Outubro de 2024, 15h14 | Última atualização em Sexta, 18 de Outubro de 2024, 15h20

Câmpus Goiânia recebeu mais de 1,3 mil estudantes de escolas públicas e privadas dentro do projeto Conhecendo o IFG, além de abrir espaço para mostra de projetos científicos na Fecigyn

Tendas abrigaram projetos de ensino e pesquisa realizados pelos cursos ofertados do Câmpus Goiânia e aproximaram estudantes participantes do projeto Conhecendo o IFG
Tendas abrigaram projetos de ensino e pesquisa realizados pelos cursos ofertados do Câmpus Goiânia e aproximaram estudantes participantes do projeto Conhecendo o IFG

A Semana de Educação, Ciência, Tecnologia e Cultura (Secitec) do Câmpus Goiânia recebeu mais de 1,3 mil estudantes de escolas pública e privadas de Goiânia e região durante mais uma edição da maratona do projeto Conhecendo o IFG. Cerca de 30 instituições participaram do projeto que visa abrir as portas do Câmpus Goiânia do Instituto Federal de Goiás aos estudantes para mostrar a estrutura física, os cursos, projetos de ensino, pesquisa e extensão desenvolvidos, além das oportunidades de ingresso, permanência e êxito.

O projeto Conhecendo o IFG é realizado pela Coordenação de Eventos do câmpus em parceria com servidores da unidade. De acordo com a coordenador de Eventos, professora Gleice Sousa, fazer uma edição especial do projeto, com um grande número de escolas durante a Secitec, é uma oportunidade para que os estudantes de outras instituições possam ter contato direto com ações desenvolvidas pelo câmpus, o que promove uma divulgação mais efetiva do IFG. “Essa interação entre os nossos alunos e os alunos da comunidade externa, com os projetos que nós executamos aqui, às vezes vai muito além, são projetos que os alunos levam para mostrar à comunidade externa. Essa parte que é tátil para as pessoas é muito importante porque os alunos se interessam muito. Se o aluno, às vezes, tem uma dúvida entre um curso ou outro, naquele momento ele consegue tirar as dúvidas. E como estão os professores e os alunos dos cursos (ofertados pelo IFG), eles conseguem passar para essas pessoas como é realmente na prática a disciplina”, explica.

O momento também é de reencontro. Na quarta-feira, 16 de outubro, durante a visita ao câmpus, o professor de geografia da Escola Municipal Madre Francisca, Caio Sena, encontrou sua ex-aluna e agora estudante do curso técnico integrado em Gastronomia, Elilza da Silva Gusmão Marinho. Segundo a discente, ela ficou sabendo da oportunidade de fazer o ensino médio junto ao curso técnico no Câmpus Goiânia após participar do projeto Conhecendo o IFG, realizado ano passado também durante a Secitec, com a Escola Municipal Bárbara de Souza Morais. “Sou ex-aluna do EJA do colégio Bárbara, e através do meu professor Caio eu estou aqui hoje fazendo o curso técnico em Gastronomia”.

 


Estudantes que ingressaram no câmpus após participarem do Conhecendo o IFG auxiliam na visita guiada de escolas que  estiveram a instituição durante a Secitec

 

Ao longo de todo o ano, a Coordenação de Eventos do Câmpus Goiânia articula com instituições de ensino das redes pública e privada a vinda de turmas de alunos do 9º ano do ensino fundamental e 3º ano do ensino médio para participarem do Conhecendo o IFG. Durante a Secitec, os convites são intensificados justamente para dar a oportunidade aos estudantes da comunidade externa de vivenciar o evento, que reúne ações de pesquisa, extensão e ensino, tornando-se uma vitrine viva do câmpus. “É muito importante ressaltar a parceria das escolas. Nós mandamos e-mails para muitas escolas. Então, esses professores vêm aqui, reencontram seus alunos, ficam emocionados de encontrar. Os alunos também ficam emocionados. Eles fazem questão de ser as pessoas que vão guiar essas escolas aqui dentro, porque eles querem mostrar que eles conseguiram, que eles estão aqui, estão gostando do curso e de tudo isso”, completa Gleice.


Fecigyn: projetos desenvolvidos por estudantes de escolas municipais atraíram a atenção durante a Secitec 2024

Ciência e Tecnologia para todos

Na quinta-feira, 17 de outubro, a Secitec do Câmpus Goiânia contou com a participação especial de 15 escolas da rede municipal de ensino que vieram trazer seus trabalhos envolvendo robótica e cultura maker durante a primeira edição da Feira de Ciências e Tecnologia no Ensino Básico (Fecigyn).

A feira é um evento para exposição de trabalhos de iniciação científica desenvolvidos por estudantes do ensino básico e visa divulgar e popularizar a ciência e a tecnologia por meio de projetos práticos, promovendo o desenvolvimento de projetos científico-tecnológicos para solução de demandas de sua própria comunidade, assim como o aperfeiçoamento intelectual e social dos agentes participantes e o estímulo à pesquisa.

 


Isabela Sofia e sua turma da Escola Municipal Targino de Aguiar  trouxeram dois experimentos: o comedouro pet e o robô dançante

 

Foi isso que os estudantes da Escola Municipal de Tempo Integral Targino de Aguiar relataram. Eles trouxeram para a Fecigyn um comedouro automático para pets. Segundo a professora Sheila Peres, a ideia surgiu da preocupação dos estudantes com os gatos que vivem nas dependências da escola. “Nós temos dois gatinhos na escola e as crianças sempre se preocuparam que nos finais de semana, feriados, quando não tem ninguém pra alimentá-los. Então foi uma sugestão deles mesmos”.

A vontade de resolver o problema dos gatinhos, aliada ao conhecimento na área de robótica, promovido por meio da parceria entre a escola municipal e o Câmpus Goiânia resultou em um produto que os estudantes se orgulharam ao apresentá-lo na Fecigyn. Isabela Sofia, do 5º ano e uma das responsáveis pelo projeto do comedouro pet automático, disse que aguardou 2 anos para ter a a experiência nas atividades do laboratório maker. “Me senti muito feliz e animada e, no futuro, eu quero desenvolver robôs para nos ajudar em um futuro próspero”, vislumbra a aluna de 11 anos.

A experiência com a robótica já ajudou o Felipe Alves, de 9 anos, da Escola Municipal Professor Marlei Garcia, a escolher o que quer fazer quando crescer. A desenvoltura do aluno ao explicar as propriedades e funcionalidades que a placa arduíno promove ao seu projeto de semáforo inteligente mostra que seu interesse em seguir na área de tecnologia pode ser uma decisão certa. “Quando eu crescer, eu pretendo fazer um curso de eletrônica”, reforça.


Felipe Alves não se intimidou e mostrou muita desenvoltura na apresentação de seu projeto, Semáforo Inteligente, feito por placa arduíno

 

Para a professora Sheila Peres, trazer os estudantes de outras escolas para o Câmpus Goiânia numa ocasião como a Fecigyn é uma forma de valorizá-los e abrir os horizontes. “Sou da época que a gente fazia pequenos projetos, só que internos. A gente não tinha lugares para expor, como está acontecendo aqui agora. E para eles, eu penso que é um futuro. É o primeiro projeto deles e, pela empolgação que eu percebi, o envolvimento dessa turma, eles não vão parar por aqui. Eles vão querer muito mais. E todo mundo só tem a ganhar porque esse aqui é um aprendizado verdadeiro”, relata.

O proponente do projeto de extensão da Feira de Ciências, professor Carlos Roberto da Silveira Júnior, acredita também que a experiência amplia a visão dos discentes, ainda das primeiras séries do ensino básico, para um futuro no desenvolvimento tecnológico. “Acho que é muito importante eles mostrarem o que eles aprenderam e o que eles fizeram para outras pessoas. Eles se sentem valorizados, veem a oportunidade. Pensam assim, ‘poxa, um projeto que eu desenvolvi na escola, que estava ali em um ambiente fechado, eu levei e outras pessoas me elogiaram, falaram que foi fantástico, tiraram foto comigo’. Então eles se veem valorizados!É muito importante, porque a educação mostra o seu papel de transformar. A partir da educação, poder mostrar isso para o mundo e mudar o mundo”, conclui o docente.

 

A Fecigyn foi realizada com recursos financeiros do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) como atividade de apoio a projetos focados em contribuir com o desenvolvimento científico, tecnológico e de inovação. Para participar do evento, foi aberto edital de chamada pública no qual instituições da rede municipal puderam se inscrever para mostrar seus trabalhos. Na seleção, realizada pelo Câmpus Goiânia, foram aprovados 63 projetos de 17 escolas, incluindo o Câmpus Goiânia.

 


Protagonismo feminino - Fecigyn também abriu espaço para projetos desenvolvidos por equipes de meninas cientistas

 

Coordenação de Comunicação Social do Câmpus Goiânia

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