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EXTENSÃO

Câmpus Goiânia oferta capacitação na área de cinema e direitos humanos

Publicado: Quarta, 18 de Setembro de 2024, 15h12 | Última atualização em Sexta, 27 de Setembro de 2024, 10h55

Oficinas integram programação nacional da 14ª Mostra Cinema e Direitos Humanos

Atividades iniciaram ontem, 17/9, no Auditório Demartin Bizerra
Atividades iniciaram ontem, 17/9, no Auditório Demartin Bizerra

O Instituto Federal de Goiás Câmpus Goiânia realiza até amanhã, 19 de setembro, as oficinas Cinema, Educação e Direitos Humanos. A atividade faz parte da programação da 14ª Mostra Cinema e Direitos Humanos, realizada pela Universidade Federal Fluminense em parceria com o Ministério dos Direitos Humanos. Cerca de 60 pessoas se inscreveram para participar das oficinas, dentre estudantes e servidores do IFG, além de educadores de instituições externas, profissionais que trabalham com saúde mental e coletivos sociais.

Durante as atividades, os participantes vão poder tomar contato com técnicas de produção audiovisual, como se apropriar delas para contar histórias e, por meio delas, levantar o debate sobre Direitos Humanos. Segundo o professor da área de audiovisual do IFG Câmpus Cidade de Goiás, João Daniell Ferreira de Oliveira, que faz parte da ação de extensão, a ideia é possibilitar que os participantes coloquem sua interioridade, sua sensibilidade em contato com a sensibilidade de outras pessoas, de outros contextos e tentar essa aproximação a partir do cinema e das ferramentas que essa linguagem permite.

As oficinas são ministradas pelo professor do Câmpus Goiânia, Rafael Borges. Ele explica que para realizá-las é preciso apenas um celular com bateria e memória para o registro das imagens. De acordo com o docente, parte-se da premissa de que todo mundo pode produzir cinema, inclusive sem necessariamente um repertório técnico. “O que é legal da oficina é que vai tornando as pessoas familiarizadas com aquilo que elas inconscientemente sabem sobre cinema. Então as pessoas não precisam necessariamente saber o que é plano, o que é montagem”, detalha.

 


À esquerda, João Daniell, docente do Câmpus Cidade de Goiás. Ao lado, oficineiro Rafael Borges, do Câmpus Goiânia

 

Inventar com a Diferença

Segundo Rafael, o propósito das oficinas é pensar como o cinema, as imagens e os sons em movimento podem favorecer a promoção dos direitos humanos. Para tanto, o cerne da ação parte do projeto Inventar com a Diferença, que pauta-se pelas possibilidades do cinema como experiência sensível, uma ferramenta reflexiva e inventiva do cotidiano, potencializando a dimensão crítica em relação ao mundo. “Então, como é possível inventar a partir das relações, utilizando a mediação da técnica cinematográfica? Mas o foco é sempre realmente o humano, o ser humano, as desigualdades”, completa o docente.

A metodologia adotada durante as oficinas funciona como um jogo. O oficineiro direciona regras e os participantes têm que produzir um algo – no caso, um vídeo – a partir disso. “A gente assiste e dialoga sobre todos. O que está no campo? O que está no extracampo? Como o som entra? E assim a gente vai trabalhando com a técnica. Então, o que é legal da metodologia do dispositivo é isso. Ela tem uma regra, a princípio, mas ela se abre completamente para o imprevisível”, explica Rafael.

Ao dar a oportunidade para que o público das oficinas contem histórias a partir da perspectiva cinematográfica, espera-se contribuir para uma leitura crítica a respeito dos produtos audiovisuais que chegam por meio das diversas mídias atuais. “[…] Mesmo num filme mais comercial, a duração de um plano, ela não é gratuita. O enquadramento, o que está dentro, o que está fora, esse som. […] A expectativa é de que, com essa forma lúdica e espontânea, quase que instintiva, as pessoas comecem a perceber que o cinema tem uma intencionalidade”, reforça o professor do Câmpus Goiânia.

Ao final das capacitações, o objetivo é que os participantes possam levar para suas comunidades locais e coletivos os aprendizados e, assim, realizar projetos para dar voz às questões sociais das quais fazem parte. “A expectativa, inclusive, é que as oficinas potencializem o trabalho com movimentos sociais, com educação popular. Então, o público para das oficinas é esse. Público que lida diretamente com a questão do direito humano”, ressalta o docente.

 


Lídia Morais, do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, participou da abertura das oficinas no câmpus

 

Lígia Morais, coordenadora-geral de Educação em Direitos Humanos e Mídias Digitais do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania (MDH), estava presente na primeira oficina, ministrada nesta terça-feira, 17 de setembro, no Câmpus Goiânia. Ela afirma que o objetivo do MDH com a mostra é despertar o olhar sobre os direitos humanos de diferente formas. “A gente acha que o cinema é uma ferramenta muito boa de introdução para você pensar em empatia, de se colocar no lugar das outras pessoas. Então acho que essa junção de cinema, educação e direitos humanos é muito nesse sentido da gente pensar em como utilizar o cinema como ferramenta para a educação e direitos humanos”.

As oficinas ocorrem neste mês de setembro em todos os estados brasileiros. Em Goiás, o IFG foi um dos convidados pela Universidade Federal Fluminense, que conduz o projeto da Mostra Cinema e Direitos Humanos, pelo fato de contar com cursos na área de cinema e produção audiovisual. O oficineiro Rafael Borges é docente da área de História do Câmpus Goiânia e realiza projetos que envolvem ensino e cinema.

Confira mais informações sobre a 14ª Mostra Cinema e Direitos Humanos.


Coordenação de Comunicação Social do Câmpus Goiânia 

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