Participaram da reunião técnica, a pró-reitora de Ensino, a pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação e o pró-reitor de Extensão, além das chefias de departamento de Áreas Acadêmicas, representantes das coordenações de Apoio Pedagógico ao Discente, das gerências de Pesquisa, Pós-Graduação e Extensão e das coordenações de Assistência Estudantil de todos os câmpus.

Durante a reunião, que foi realizada via Google Meet, servidores dos câmpus e da Reitoria dialogaram sobre ações relacionadas à insegurança escolar que podem ser realizadas ou reforçadas nos câmpus do IFG. Na ocasião, foi discutida a importância da construção de ações e de intervenções, com foco em dois grandes eixos: 1) ênfase às ocorrências do momento, como mecanismo de dimensionar os últimos acontecimentos; e 2) abordagem e intervenções sobre as ações a serem desenvolvidas, tais como rodas de conversa, momentos de acolhimento, espaços para o diálogo e outras ações.

Para a pró-reitora de Ensino do IFG, Maria Valeska Viana, é fundamental, nesse momento, pensar no espaço e no lugar social da escola: “a escola como lócus do pacto civilizatório, um local que acolhe a diversidade”. Para a docente, “é necessária uma ação integrada e articulada para fazer com que o ódio não vença”.

A pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação, Lorena Rosa, destacou a necessidade de ações que envolvam o cuidado com a saúde mental: “uma articulação nesse sentido é muito importante”. Willian dos Santos, pró-reitor de Extensão, falou da importância do apoio da comunidade que cerca as unidades do IFG: “é importante buscar o diálogo com a comunidade, com os parceiros que trabalham conosco e unir forças, fortalecer vínculos e laços que foram construídos”.

Importância do acolhimento

Uma das questões mais importantes da reunião dizia respeito a ações que poderiam ser desenvolvidas em curto, médio e longo prazo no contexto da insegurança escolar. Para falar um pouco dessas ações, a diretora de Políticas em Educação Básica e Superior (DEBS) da Pró-Reitoria de Ensino, Karla Cassiano, apresentou um planejamento inicial de ações que têm como princípio a atuação articulada e integrada voltada ao acolhimento. Como destacou Karla, “esse acolhimento, tanto afetivo, como emocional e institucional, pode ser realizado para promover a escola como um espaço de construção de bem-estar”.

Os participantes da reunião, em muitos momentos, destacaram a importância de pensar na forma como as relações são construídas na sala de aula. Para Karla, “é preciso perguntar até que ponto as relações construídas e estabelecidas nas escolas contribuem com o bem-estar social dos estudantes”. Ainda segundo a gestora da Proen, “ações de prevenção são necessárias. Para além de atacar a violência, é preciso entender como a violência está presente na vida dos sujeitos”.

Ao longo da reunião, os participantes dialogaram sobre formas de acolher a comunidade acadêmica; sobre como mobilizar servidores que possam contribuir em rodas de conversa, espaços de escuta; e falaram, também, sobre a importância de conversas mediadas pelos servidores com a participação da Coordenação de Assistência ao Estudante, Coordenação de Acompanhamento Pedagógico ao Discente e psicólogos das unidades do IFG.

Raquel Ghetti, psicóloga da DEBS-Proen, chamou atenção para a necessidade de pensar sobre o tipo de abordagem que deve ser feito nos câmpus: “é preciso ter cuidado com a forma como é feito o acolhimento. As ações precisam ser pensadas com cautela”. Mencionando a importância dos vínculos construídos na escola, a servidora ressaltou: “ os alunos precisam saber que eles têm com quem contar. Isso promove bem-estar social”.

No final da reunião, participantes de vários câmpus do IFG falaram sobre as percepções advindas das unidades da Instituição e compartilharam informações sobre ações que já vêm sendo desenvolvidas nos câmpus e que estão previstas.

Encaminhamentos

Além do esboço de um planejamento estratégico envolvendo a construção de ações pedagógicas voltadas ao acolhimento e ao fortalecimento do vínculo e do pertencimento da comunidade acadêmica no IFG, durante a reunião foi ressaltado que a Instituição reforçará o diálogo e as orientações sobre segurança com as empresas terceirizadas que são contratadas para realizar o serviço de vigilância das unidades da Instituição. Além disso, foi destacado no encontro que está prevista a elaboração de documentos norteadores para gestores e para a comunidade acadêmica em geral sobre o assunto, com a criação e definição de procedimentos e protocolos específicos.

Na sexta-feira, 14 de abril, o contexto de insegurança escolar também foi pauta na reunião do Colégio de Dirigentes (Codir). Na reunião, além de uma discussão sobre o tema, também foram reforçados alguns dos encaminhamentos oriundos da reunião realizada com os câmpus. O Codir possui caráter consultivo, sendo instância de apoio ao processo decisório da Reitoria, e é composto pela reitora do IFG, que o preside, pelo diretor executivo, pelos pró-reitores e pelos diretores-gerais dos câmpus.

Saiba mais sobre o IFG pela paz: http://www.ifg.edu.br/component/content/article/17-ifg/ultimas-noticias/33539-ifg-pela-paz 

Diretoria de Comunicação Social/Reitoria.