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Estagiários de Enfermagem abordam o tema automutilação na UBS Jardim Guaíra

Publicado: Terça, 18 de Junho de 2019, 15h21 | Última atualização em Quarta, 19 de Junho de 2019, 09h41

Conteúdo foi trabalhado de maneira dinâmica como forma de dialogar com adolescentes do município

Na quinta-feira (13), estagiários do 7º período do curso técnico integrado em Enfermagem, na modalidade Educação de Jovens e Adultos (EJA), desenvolveram atividade dinâmica na Unidade Básica de Saúde (UBS) do Jardim Guaíra, abordando o tema automutilação. Para ampliar o contato com o município, agentes comunitários da UBS levaram estudantes e a coordenadora da Escola Estadual Rocha Leal para participarem.

A atividade foi desenvolvida em dois momentos. No primeiro, foram apresentados slides que explicavam o que é automutilação, os fatores que influenciam a pessoa a se automutilar e as formas de buscar ajuda.

No segundo momento, foi realizada uma dinâmica em que os alunos estouravam balões que continham palavras dentro, com significados bons e ruins. Caberia então ao estudante decidir se ficaria ou não com aquela palavra.

Quando decidiam não ficar com ela, deveriam espetar uma caixa de papelão, simbolizando a automutilação.

A professora de estágio, Danielly Bandeira, explica que automutilação significa machucar a própria pele para se livrar de sentimentos negativos, que pode ser a inutilidade, falta de amor, solidão, entre outros. Sendo essas algumas palavras que continham nos balões.

Logo em seguida, foi feita a reprodução de uma paródia abordando o tema depressão, desenvolvida pelo estagiário Adriano, que foi feita em cima de um funk atual e no final todos cantaram juntos. Para encerrar a atividade, foi feito um lanche comunitário.

O objetivo da atividade foi mostrar aos adolescentes que existe uma rede de apoio em casos como ansiedade e depressão. “A intenção era mostrar para as pessoas que elas não estão sozinhas e a buscarem ajuda, e que a melhor forma é compartilhar com alguém que seja de sua confiança”, afirma a professora Danielly.

De acordo com a professora, o tema ainda é desafiador e carregado de tabus e preconceitos, o que os fizeram sair da zona de conforto. “Essa temática é muito recorrente, principalmente entre os jovens, e deve ser abordada. É desafiador e foge do que é trabalhado nas unidades básicas de saúde, mas na verdade o problema já existe e está ali junto com a comunidade”, declara.

No início retraídos, os adolescentes aos poucos foram interagindo e tornando-se receptivos ao tema que estava sendo abordado. O que também fez os estagiários perceberem que são capazes de trabalhar diversos assuntos.

A estagiária Márcia Gorete, do 7º período, conta que o trabalho foi desenvolvido com base em pesquisa e entrevista com adolescentes. “Quando as crianças estão entrando na adolescência existem muitos sentimentos e sensações envolvidas... Acredito que seria de grande importância que um trabalho como esse fosse desenvolvido em escolas e até mesmo nas unidades básicas de saúde”, afirma.

Já a estagiária Raiara de Souza, do 7º período, assume o nervosismo sentido no início da apresentação, que logo foi superado com a aproximação dos estudantes. “Achei muito interessante que eles não ficaram mexendo no celular, participaram da dinâmica, cantaram a música conosco... Isso mostra que, muitas vezes, eles só precisam de alguém que os olhem e entenda como realmente se sentem”, afirma.

 

Comunicação Social / Câmpus Águas Lindas

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