Ir direto para menu de acessibilidade.

GTranslate - Tradução do site

ptenfrdeitesth

Opções de acessibilidade

Você está aqui: Página inicial > Comunicados do Câmpus Luziânia > IFG > Câmpus > Aparecida de Goiânia > Notícias do Câmpus Aparecida de Goiânia > Alunas surdas apresentam projeto de pesquisa no Seminário de Iniciação Científica do IFG Aparecida
Início do conteúdo da página
Iniciação Científica

Alunas surdas apresentam projeto de pesquisa no Seminário de Iniciação Científica do IFG Aparecida

Publicado: Terça, 02 de Maio de 2017, 12h37 | Última atualização em Quinta, 18 de Maio de 2017, 15h47

Foi a primeira apresentação de projeto de pesquisa científica feita por alunos surdos no Câmpus

Da esquerda para a direita: intérpretes de Libras Marly Rodrigues e Cátia Marques, as alunas Naralinny Rosa e Cristiane Dias e a professora orientadora Késia Mendes Barbosa

Foi apontada como “motivo de orgulho” por professores e alunos do Câmpus Aparecida de Goiânia do IFG, a apresentação de projeto de pesquisa científica de duas alunas surdas, na programação do IV Seminário de Iniciação Científica e Tecnológica. Cristiane Pereira Dias e Naralinny Pereira Rosa, do terceiro período do curso de Licenciatura em Pedagogia Bilíngue, apresentaram o trabalho “Sentidos do aprender em Arte: a escuta do aluno surdo”, que elas desenvolveram sob orientação da professora Késia Mendes Barbosa Oliveira. Foi a primeira apresentação de projeto de pesquisa científica feita por alunos surdos no Câmpus.

“Eu estou muito feliz porque antes eu não tinha esse apoio que eu tenho aqui. Hoje eu conheço muito mais, aproveito o máximo que posso e tento motivar outros surdos” - Cristiane Pereira Dias

No projeto, as alunas se propõem a pesquisar, junto a alunos surdos do Ensino Fundamental da Rede Municipal de Educação de Aparecida de Goiânia, quais sentidos o aluno surdo atribui ao próprio aprendizado das linguagens artísticas, que são as artes visuais, o teatro, a dança e a música. Elas solicitaram e aguardam autorização da Comissão de Ética em Pesquisa do IFG para o trabalho de campo. “A relevância social reside em dar ‘voz’ ao aluno surdo, no que diz respeito aos sentidos que ele atribui e aos significados que constrói para si em relação à Arte. Assim, é possível compreender, quais projetos formativos estão em questão – se um projeto que se apoia na democratização do acesso e posse dos bens culturais, ou se um projeto que sanciona a injustiça social pro meio da exclusão”, afirmam as alunas na justificativa do trabalho.

Cristiane e Naralinny falaram do andamento da pesquisa, dos referenciais teóricos utilizados para o desenvolvimento do trabalho e do quanto ele pode contribuir com a educação surda, ao dar a esses sujeitos o protagonismo sobre suas percepções e aprendizagens no campo da arte. Elas também responderam a perguntas do público que assistiu à apresentação. “Eu estou muito feliz porque antes eu não tinha esse apoio que eu tenho aqui. Hoje eu conheço muito mais, aproveito o máximo que posso e tento motivar outros surdos”, falou Cristiane. A apresentação do trabalho foi traduzida pelas intérpretes de Libras Marly Rodrigues da Silva e Cátia Dias Marques.

Efetiva Inclusão

A orientadora Késia Mendes Barbosa destacou a complexidade do trabalho de pesquisa para as duas alunas, considerando que a lógica e todos os referenciais teóricos estão escritos em língua portuguesa, que não é a primeira língua do surdo. Ela agradeceu a confiança nas alunas em tê-la como orientadora e a colaboração das intérpretes de Libras para o sucesso do trabalho. “Sempre vou defender a efetiva inclusão”, comentou a professora.

O coordenador da sessão de apresentação de trabalhos em que se incluiu o projeto de Cristiane e Naralinny, professor Marccus Victor Almeida Martins, não escondeu a comoção. “Já coordenei sessões de pesquisadores renomados e nunca fiquei tão emocionado com uma apresentação oral como esta”, falou Marccus Victor. A professora Waléria Batista da Silva Vaz Mendes parabenizou a orientadora Késia Mendes por não ter escolhido o caminho mais fácil e ter abraçado o desafio de orientar as alunas surdas em um projeto de pesquisa. Waléria falou da importância do trabalho para motivar outros alunos.

IV SICT

A apresentação de Cristiane Pereira Dias e Naralinny Pereira Rosa foi feita no primeiro dia do IV Seminário de Iniciação Científica e Tecnológica (SICT), 27 de abril. O evento prossegue até esta terça-feira, 2 de maio, com intensa programação. A atividade de encerramento será às 19 horas, com a segunda edição 2017 do Café Atitude Investigativa – Diálogos e reflexões sobre pesquisa e formação de professores. O palestrante convidado é o professor Dr. Jadir de Morais Pessoa, que é filósofo, teólogo, mestre em Antropologia Social e doutor em Ciências Sociais. Atualmente, ele é professor na Faculdade de Educação da Universidade Federal de Goiás.

 

Clique para ver imagens da apresentação

 

Coordenação de Comunicação Social e Eventos - Câmpus Aparecida de Goiânia

 

 

 

 

 

Fim do conteúdo da página