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II MAIS EJA

A importância do respeito às diferenças é destacada em palestra de abertura do II MAIS EJA

Publicado: Terça, 09 de Abril de 2019, 11h27 | Última atualização em Quinta, 11 de Abril de 2019, 11h32

A apresentação foi feita pelo psicólogo Jorge Antônio Monteiro de Lima, que abordou diversos problemas comportamentais que acometem as pessoas na atualidade

O palestrante destacou que as pessoas estão precisando se relacionar mais afetivamente e fora do mundo virtual
O palestrante destacou que as pessoas estão precisando se relacionar mais afetivamente e fora do mundo virtual

A elevação do número de casos de transtornos de ansiedade e a dificuldade que o ser humano tem tido para conseguir se abrir para as diferenças do outro foram aspectos destacados pelo psicólogo clínico, pesquisador em saúde mental, músico e mestre em Antropologia Social Jorge Antônio Monteiro de Lima, na noite desta segunda-feira, 8 de abril, no Câmpus Aparecida de Goiânia do IFG. A apresentação, intitulada “Alteridade, Diversidade e Tolerância”, foi feita no primeiro encontro do “II MAIS EJA – Mesas de Ação e Integração dos Saberes da Educação de Jovens e Adultos”, organizado pelas coordenações dos cursos técnicos integrados ao Ensino Médio em Alimentos, em Panificação e em Modelagem do Vestuário. Alguns estudantes de cursos de graduação também estavam presentes.

A abertura às diferenças deve se dar, conforme ressaltou o psicólogo, no aspecto religioso, político, de raça ou de orientação sexual, por exemplo. “As pessoas hoje são mais preconceituosas que os próprios avós”, comentou. Ele destacou que estamos vivendo um momento terrível de exibicionismo, orgulho exagerado, fanatismo e agressividade. “O radicalismo é sempre ruim. É preciso considerar o outro e saber que é possível aprender com o outro”, afirmou. Jorge Antônio Monteiro de Lima lembrou que a intolerância tem sido verificada nas relações tanto nas redes sociais virtuais como na vida real e destacou que as pessoas estão precisando se relacionar mais afetivamente e fora do mundo virtual. Ele relatou que o perfil das crianças que já tentaram suicídio é o de não brincar com outras e de passar muito tempo na internet, entre outros fatores.

 

Reflexão

O psicólogo convidou todos a buscarem na memória se já sofreram situações de preconceito, ressaltando já tendo sido vítima também de preconceito muitas vezes, pelo fato de ser cego. Ele fez questionamentos abertos, chamando o público à reflexão sobre o valor da cultura e da experiência de vida de cada um, os padrões de beleza que causam baixa autoestima e a importância de uma vida menos tensa e agitada e com mais amor. “A coisa mais sagrada que nós temos é a capacidade de sorrir. Isso cabe na profissão, na aprendizagem, nos relacionamentos, em tudo”, disse. Após a palestra, Jorge Antônio Monteiro de Lima respondeu a perguntas e dialogou com o público presente.

O primeiro encontro do II MAIS EJA foi aberto pela coordenadora do curso técnico integrado em Modelagem do Vestuário, professora Yane Ondina de Almeida. A mesa “Alteridade, Diversidade e Tolerância” e o palestrante foram apresentados pelo coordenador do Núcleo de Atendimento às Pessoas com Necessidades Específicas (NAPNE) do IFG Aparecida, professor Sandro Henrique Ribeiro.  O II MAIS EJA está organizado para três momentos, abordando questões relacionadas a comunicação e redes sociais. O próximo encontro está marcado para o dia 16 de abril e terá foco em fake news.

 

Imagens

 

Coordenação de Comunicação Social e Eventos / Câmpus Aparecida de Goiânia

 

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