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Ensino

Ontem foi dia de reflexão sobre gênero e identidade no IFG

Publicado: Quinta, 21 de Março de 2019, 10h14 | Última atualização em Quinta, 21 de Março de 2019, 10h23

Os docentes participaram de capacitação, e à noite teve roda de conversa com estudantes

Capacitação com docentes
capacitação com docentes

O IFG-câmpus Cidade de Goiás recebeu ontem, dia 20 de março, convidados de outras instituições e de movimentos sociais para ministrar um curso de capacitação aos docentes sobre “Relações de Gênero e Sexualidade: combate a LGBTfobia, acolhimento e respeito à diversidade” e também para realizar uma roda de conversa com os estudantes sobre “Gênero, opressão e violência”, essa última ação faz parte do calendário de atividades do mês das mulheres.

“Nós discutimos gênero porque queremos uma sociedade igualitária, com equidade entre as várias identidades de gênero, precisamos sair da discussão binária entre homem e mulher, e o espaço acadêmico deve ser um lugar de liberdade para discussão de qualquer tipo de ideia, sem nenhum tipo de opressão”, ressaltou a professora da Universidade Federal de Goiás (UFG) Maria Meire de Carvalho que também é coordenadora do Fórum de Políticas Públicas para as mulheres no município. Ela também mencionou as estatísticas relacionadas à violência contra a mulher em âmbito nacional, estadual e municipal e falou sobre as lutas feministas históricas que estão atreladas às questões trabalhistas. “Já disse Simone de Beauvoir que quando existe retrocesso e perda de direitos as mulheres são as primeiras a perder, é o que estamos vendo atualmente com a proposta de reforma da previdência apresentada”. 

A psicóloga, mestre em saúde mental e presidente da Associação de Travestis e Transexuais de Goiás, Roberta Fernandes, falou sobre os principais termos que diferem gênero e sexualidade e suas diferenças: o que é identidade de gênero, orientação sexual, sexo biológico, cisgênero, transgênero e etc., além de esclarecer o que é a LGBTfobia, quais são os direitos das vítimas, as aplicações da lei Maria da Penha e os indícios apresentados por quem sofre violência. “Pensar e discutir gênero, é falar sobre direitos humanos, é promover a autoestima desses sujeitos excluídos e incentivar as denúncias de violência”. 

Roberta Fernandes já havia participado, no período da tarde, da capacitação para os professores que também ouviram o professor da UFG, Welson Barbosa Santos, que abordou as altas taxas de suicídio entre os adolescentes na atualidade; Elaine Gonzaga de Oliveira, presidente do Conselho Estadual LGBTT, e Avelino Mendes Fortuna, ativista pelos direitos humanos da comunidade LGBT desde que perdeu seu filho Lucas Fortuna, assassinado por homofobia em 2012.

 

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Comunicação Social/câmpus Cidade de Goiás

 

 

 

 

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