Inclusão/Acessibilidade
As Necessidades Educacionais Específicas no IFG - NAPNEs e NAI
Princípios da educação especial inclusiva
A educação de pessoas com deficiência é uma preocupação político-social recente. Historicamente, esse público recebia pouca ou nenhuma escolarização. Enfatizava-se o treinamento de habilidades manuais para de desempenho de ações domésticas diárias ou de uma atividade ocupacional. Essa formação era empreendida em instituições de enfoque predominantemente clínico e/ou assistencial.
Nas últimas décadas do século XX, movimentos organizados por essas pessoas, familiares e pesquisadores passaram a reivindicar o direito de escolarização em escolas comuns, junto a colegas sem deficiência. Para tanto, as instituições de ensino deveriam prover condições /adaptações suficientes para garantir o ensino-aprendizagem, sem segregação ou prejuízo da qualidade acadêmica. Assim, a educação especial, voltada às necessidades específicas de alguns estudantes, estaria presente, porém para oferecer condições de acessibilidade e permanência com êxito nas escolas. Nesse intuito, as políticas públicas em educação vêm se debruçando no desafio de atender a essa perspectiva, denominada inclusiva.
Conheça as datas da Educação Especial
Os Napnes
A Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da educação inclusiva, instituída no Brasil em 2008, determinou que o sistema educacional a adotasse. Isso significa que os estudantes considerados público da modalidade Educação Especial - pessoas com deficiência, pessoas com transtorno global do desenvolvimento (caso do transtorno do espectro autista- TEA) e pessoas com altas habilidades/superdotação - devem ser incluídos no sistema educacional, comum a todos (escolas de ensino regular). Contudo, esses estudantes precisam de atendimentos(s) específicos às suas necessidades de ensino-aprendizagem, para autonomia, acesso, acessibilidade e êxito acadêmico sem prejuízo ao desenvolvimento de suas possibilidades e potencialidades.
Nos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IFs) foram criados núcleos de atendimento/apoio/atenção a pessoas com necessidades educacionais específicas/especiais – Napnes - cuja finalidade é conferir esse suporte e/ou defender, reivindicar e fomentar ações em prol da concretização da perspectiva inclusiva.
No IFG, os Napnes, Núcleos de Atendimento a Pessoas com Necessidades Específicas, são compostos majoritariamente por servidores – docentes e técnicos – nomeados por portaria institucional. Não se trata de uma comissão de especialistas em Educação Especial, e sim de um órgão cuja principal finalidade é "promover a cultura da educação para a convivência e aceitação da diversidade, além de buscar a quebra de barreiras arquitetônicas, comunicacionais, educacionais e atitudinais na instituição, de forma a promover a inclusão da comunidade acadêmica com necessidades específicas." (Art. 2º, IFG, 2018). Estudantes, pais e representantes da comunidade podem participar dos Núcleos.
Saiba mais sobre a Resolução que os instituiu - Resolução CONSUP/IFG nº 01, de 04 de janeiro de 2018
Veja algumas das atuações dos Napnes e NAI em Encontros Formativos.
No organograma institucional os Napnes dos câmpus do IFG vinculam-se à Pró-Reitoria de Ensino (Proen) por meio do Núcleo de Ações Inclusivas (NAI).
O NAI
O Núcleo de Ações Inclusivas (NAI) , vinculado à Proen/IFG, é responsável por assessorar o trabalho dos NAPNEs e pelo desenvolvimento de ações de capacitação relacionadas à educação especial inclusiva. Atualmente a servidora Ana Beatriz Machado de Freitas, professora do Câmpus Goiânia Oeste, está na coordenação desse núcleo, sob portaria 363 REI/IFG , de 22 de fevereiro de 2022.
NAPNEs e ações relacionadas às NEE nos Câmpus
NAPNE - Câmpus Luziânia - 2024
O Napne do Câmpus Luziânia faz um trabalho junto aos discentes mas também junto aos docentes. Todo início de semestre ocorre um momento de socialização de informações como também de formação sobre algum tema relativo à missão do Núcleo. Essa foto registrou um momento da Semana de Planejamento ocorrida em fevereiro de 2024. Nela os membros do Napne (em pé) estão apresentando casos de discentes acompanhados pelo Napne e, que os docentes precisam de um olhar diferenciado a fim de incluí-los no processo acadêmico. Na sequência, ocorreu uma web conferência com a profª Keilia Maria dos Santos, mãe de dois ex-alunos do Instituto e, que se capacitou para ajuda-los, assim como também os professores do Câmpus de Montes Claros, no processo de adequação curricular. O tema da formação foi: "ESTRATÉGIAS PEDAGÓGICAS NO PROCESSO EDUCACIONAL DE ALUNOS COM NECESSIDADES ESPECÍFICAS".
NAPNE - Câmpus Águas Lindas - 2023
Foto de alguns membros do Napne de Águas Lindas (Setembro/2023)
NAPNE - Câmpus Inhumas e Valparaíso - 2021
Conferência: "Estratégias Educacionais Diferenciadas para Estudantes com Deficiência Intelectual- DI" .
https://www.youtube.com/watch?v=2qHw72MP2DE
A ação contou com a Profª. Dra. da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) Rosana Glat, tendo mediação da profa. dra. Maria Angélica do Instituto Federal de Goiás (IFG) Câmpus Inhumas. O evento foi uma parceria entre o IFG Câmpus Valparaíso e o Câmpus Inhumas por meio respectivamente das seguintes iniciativas: VII Encontro Formativo de Educação Inclusiva (ligado ao Diversas e ao Napne do Câmpus Valparaíso) e II Ciclo Formativo Café com Inclusão (promovido pelo Núcleo de Atendimento às Pessoas com Necessidades Educacionais Específicas - Napne do Câmpus Inhumas).
NAPNE - Câmpus Goiânia - 2019
Inclusão e Acessibilidade - dialogando direitos. Palestra alusiva ao dia mundial da Acessibilidade, 05 de dezembro
O advogado e presidente da Comissão de Direitos da Pessoa com Deficiência da Ordem dos Advogados do Brasil, seção Goiás (OAB-GO), Diego de Castilho Suckow Magalhães, falou sobre acessibilidade. Posteriormente, a advogada e membro do Grupo de Trabalho de Análise do Projeto do Plano Diretor da Câmara Municipal de Goiânia, Danielly Aparecida de Sousa Carvalho Santana, falou sobre a acessibilidade na mobilidade urbana. Na ocasião, a professora Soraya Bianca, coordenadora do NAPNE Goiânia, destacou a relevância nos Núcleos para ainclusão educacional em todos os níveis de ensino.
NAPNE - Câmpus Formosa - 2019
JEIFOR: “É o primeiro evento com estes parâmetros na área de inclusão na cidade”, professora de Libras Milene Galvão Bueno
Saiba mais sobre o evento:
- http://www.ifgoias.edu.br/ultimas-noticias-campus-formosa/16000-a-inclusao-precisa-ser-um-processo-de-emancipacao-coletiva-a-inclusao-e-para-todos-declara-a-doutora-juliana-caixeta
- https://www.ifg.edu.br/component/content/article?id=15532:i-jornada-de-educacao-inclusiva-de-formosa-jeifor
NAPNE - Câmpus Aparecida de Goiânia - 2019
A atividade foi proposta pela profa. Ludmila Andrade, de "Literatura e Formação do Leitor", do Curso de Pedagogia Bilíngue e teve o apoio e organização do NAPNE do câmpus. Kelly Cristina Tobias é fundadora do Instituto Vida Sonora de musicoterapia. Participou da produção do musical "Saltimbancos" adaptado para autistas, produção realizada juntamente com a Associação de familiares e amigos do Autismo de Goiás (Afaag), além de ser professora de canto e música para bebês e também personagem do livro infantil "Mundo Azul" da autora Romilda Ferreira.
Além disso, vale mencionar o curso Pedagogia Bílingue do câmpus:
O curso de Pedagogia Bilíngue do IFG, ofertado pelo Câmpus Aparecida, obteve conceito 5 ( nota máxima) pela avaliação do MEC. O curso objetiva a formação de professores que atuem na educação de surdos e ouvintes na educação infantil e nas séries iniciais do ensino fundamental e trabalhem em equipes multidisciplinares. Há reserva de vagas para surdos.
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