Professor, alunas e egressas de Modelagem do Vestuário do IFG participaram de evento internacional em sustentabilidade

Professor Régis Puppim, com alunas e egressas do curso Técnico em Modelagem do Vestuário que fizeram as peças dos desfiles no II Cirsol

Estudantes e egressas do curso Técnico Integrado em Modelagem do Vestuário do Instituto Federal de Goiás (IFG) - Câmpus Aparecida de Goiânia, acompanhadas do professor Régis Puppim, produziram peças para dois desfiles na II Conferência Internacional de Resíduos Sólidos e Saneamento (Cirsol), realizada em Brasília/DF, de 24 a 29 de agosto. Os desfiles apresentaram looks de vestuário produzidos a partir de material reciclado, tendo garis e catadoras de recicláveis como modelos. O evento, que incluiu palestras, feiras e atividades culturais, foi realizado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), o Governo do Distrito Federal (GDF) e o Instituto de Cooperação Internacional para o Meio Ambiente (ICIMA).

O tema da Conferência foi "O impacto da gestão de resíduos sólidos e do saneamento frente às mudanças climáticas". Na ação conduzida por representantes do curso de Modelagem do Vestuário do IFG, denominada Desfile Moda Circular, participaram com o professor Régis Puppim as alunas Deuzimar de Oliveira e Nara Regiane e as egressas Priscilla Paz, Andréa Moura, Sanlay Lima e Maria Nilva. O curso Técnico em Modelagem do Vestuário é integrado ao Ensino Médio na modalidade Educação de Jovens e Adultos (EJA).

Além da sustentabilidade

No desfile de garis, os modelos foram quatro homens e 12 mulheres do Serviço de Limpeza Urbana do Distrito Federal, algumas já eram vencedoras de concursos de Miss Gari em anos anteriores. Já no desfile das catadoras de materiais recicláveis, 14 mulheres expuseram ao público do evento as roupas produzidas pelo curso de Modelagem do Vestuário do IFG. O trabalho foi além de mostrar o compromisso com a sustentabilidade e a preservação ambiental nas peças de roupas. “No geral, essas catadoras têm uma fragilidade, uma vulnerabilidade social muito forte e a autoestima muito baixa. Então a nossa ideia era justamente fazer um desfile em que elas pudessem usar peças de roupas que elas vissem que o trabalho delas é muito importante pra sociedade”, explica o professor Régis.

Os materiais utilizados na produção das peças foram retalhos de tecido em malha. “A gente fez uma parceria com a empresa Sallo, que tem uma aluna egressa nossa que trabalha lá. Ela resgatou esses retalhos de malhas que iam ser jogados no lixo, pra gente poder fazer as peças da coleção”, conta Regis. O professor destaca que o desfile procurou enfatizar a importância do trabalho dos profissionais que estavam no desfile: a coleta, separação e seleção de lixo. “Nada mais justo do que pegar parte desse trabalho, dessa separação, dessa coleta, e construir objetos que fossem esteticamente bonitos, esteticamente agradáveis, atraentes”, explica ele.

A produção das peças para o desfile de garis e catadoras teve um processo inverso do que normalmente é feito, conforme explicou Régis Puppim. Ele conta que o grupo do curso de Modelagem do Vestuário tirou as as medidas dos modelos e perguntou sobre cores de preferência de cada um e cada uma, assim como detalhes, ser mais longo ou mais curto, com fenda, decote, manga e outras informações. “A partir dessa ficha é que a gente ia desenvolvendo cada uma das peças. Então foi bem personalizado”, completa o professor.

Imagens dos desfiles

Coordenação de Comunicação Social e Eventos / Câmpus Aparecida de Goiânia