Estudante do Câmpus Itumbiara vai participar de Programa de Verão no CNPEM
Emile e outros 37 estudantes da América Latina ficarão quase dois meses no renomado centro de pesquisa, na cidade de Campinas (SP)
A estudante da Engenharia Elétrica do IFG Câmpus Itumbiara, Emile Silva Santana, conquistou uma chance ímpar e que tem sido motivo de muito orgulho e expectativa tanto para ela, quanto para a Instituição: a jovem de apenas 20 anos será a única do Centro-Oeste a participar da 32º edição do Programa Bolsas de Verão (PVB32) do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), da cidade de Campinas (SP).
O PVB ocorre desde 1992 e o objetivo é “difundir a ciência e estimular jovens universitários da América Latina e Caribe a seguirem carreiras científicas e de desenvolvimento tecnológico". O Programa já acolheu mais de 450 estudantes ao longo de suas edições. E em 2025, junto a Emile, estarão outros 37 estudantes do Brasil, Argentina, Colômbia, Equador e Peru.
Emile estudará no CNPEM de 6 de janeiro a 28 de fevereiro, e como benefício receberá passagens, hospedagem e alimentação; e ainda ajuda financeira, acesso a seminários e palestras no CNPEM; orientação individualizada feita por pesquisador e/ou especialista do quadro interno do CNPEM; apoio e acompanhamento psicológico e pedagógico e seguro médico.
Em contrapartida, a estudante deverá se dedicar exclusivamente ao projeto científico de segunda a sexta-feira, totalizando no mínimo 40 horas semanais, participar de todas as atividades previstas no PBV32, apresentar um seminário e entregar um relatório. Para isso, Emile, que não tem nenhuma reprovação, comentou que dialogou com gestores do Câmpus e com a coordenação de curso para que pudesse adiantar as disciplinas, trabalhos e provas dos 6º e 7º períodos da Engenharia Elétrica antes de viajar para Campinas. E mais, a estudante contou que tem praticado a interação social no IFG, buscando compartilhar e frequentar mais espaços, como o refeitório da Unidade, por exemplo, para que consiga aumentar sua capacidade de interação com as pessoas e adaptação aos ambientes. Isso se dá em razão de Emile ter o Transtorno do Espectro Autista (TEA) e apresentar dificuldade de comunicação, de manter contato visual e estar em ambientes com muitas pessoas. Logo, a ida para Campinas e permanência temporária no Centro Nacional de Pesquisa será motivo de muito orgulho e vitória para ela, seus apoiadores, familiares e para toda a comunidade acadêmica.
Ainda sobre a interação, e como estará junto a outros alunos da América Latina, Emile revelou que possui curso intermediário de espanhol e o básico de inglês, e está muito feliz pela oportunidade de, em breve, interagir com estudantes de outros países.
Motivações e influência
Quanto à ida ao PBV32, Emile disse que tomou conhecimento do Programa porque acompanhava as publicações do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, e também porque conhece outra jovem que participou do Programa anteriormente. Além disso, ela também revelou que decidiu participar porque se encantou com o conteúdo das disciplinas de Física 1, 2 e 3 na graduação. Muito dedicada ao curso, Emile participa de um projeto de iniciação científica intitulado “Do abstrato ao concreto: kit educacional de circuitos elétricos para estudantes com TEA”; e do projeto de montagem do laboratório com linha de produção de cadeira de rodas monitorada com IoT; e ainda apresenta artigos em eventos acadêmicos. Ao falar da sua empolgação em ir ao CNPEM, Emile citou as conversas que teve com os docentes da área da Física, Carlos Eduardo Silva e Marcelo Gustavo de Souza. E também destacou o professor Marcelo Escobar como um dos grandes incentivadores de tudo que ela realiza.
Ao relatar sobre a grandiosa oportunidade de Emile participar do programa de versão, o professor Carlos Eduardo disse: “Acredito que essa seja uma oportunidade única de participar de um evento onde grandes pesquisadores do Brasil e do mundo compartilham um pouco de suas rotinas e do trabalho no limite do conhecimento científico. É um grande orgulho para nós ter uma aluna da nossa Instituição com a visão e a iniciativa de participar de um programa dessa magnitude.”
O docente Silva ainda lembrou que este ano “o Laboratório Nacional de Biorrenováveis (LNBR), parte do CNPEM, desempenhou um papel significativo na pesquisa que levou ao Prêmio Nobel de Química (...) e ressaltou como o superlaboratório no interior de São Paulo contribuiu para esse reconhecimento internacional. Esse feito foi divulgado, à época, em uma matéria do portal g1, confira: https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/2024/10/10/saiba-como-superlaboratorio-no-interior-de-sp-contribuiu-para-premio-nobel-de-quimica-2024.ghtml .
CNPEM
O Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) é uma Organização Social sem fins lucrativos supervisionada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). É responsável pela gestão dos Laboratórios Nacionais de Luz Síncrotron (LNLS), de Biociências (LNBio), de Biorrenováveis (LNBR), de Nanotecnologia (LNNano) e pela gestão da Ilum Escola de Ciência.
“É considerado um ambiente sofisticado e efervescente de pesquisa e desenvolvimento, impulsionado pela pesquisa de soluções com impacto nas áreas de Saúde, Energia e Materiais Renováveis, único no Brasil e presente em poucos centros científicos do mundo. (...) Ainda é responsável pelo Sirius, uma das mais avançadas fontes de luz síncrotron do mundo, e desenvolve o projeto Orion, dedicado a pesquisas de patógenos, ambos incluídos no Novo PAC”.
Visite o site do CNPEM aqui: https://cnpem.br/
Setor de Comunicação Social e Eventos - Câmpus Itumbiara
__________________________________________________
Leia mais:
Estudante autista participa pela primeira vez de congresso de engenharia
Redes Sociais